Adriana Calcanhotto lança “Errante” no Teatro Guararapes
Um dos nomes mais relevantes da música brasileira contemporânea, Adriana Calcanhotto desembarca no Teatro Guararapes, dia 5 de agosto, com o inédito “Errante”. O espetáculo é homônimo ao seu álbum mais recente, lançado em março deste ano.
Além das 11 canções do novo trabalho, o repertório do show traz clássicos da sua discografia, como “Mais Feliz”, “Vambora” e “Naquela Estação”, música de João Donato, Caetano Veloso e Ronaldo Bastos que a compositora não canta desde a turnê de “Enguiço”, seu disco de estreia. A artista estreou “Errante” em Portugal, passando por oito cidades entre maio e junho, antes de inaugurar a etapa brasileira em Porto Alegre, sua cidade natal.
“Em Portugal, senti que voltar a estar nos palcos, na estrada, cantando sobre a estrada, com uma banda que é um espetáculo até em silêncio, para ouvintes de língua portuguesa, resultou no melhor momento da minha vida. Agora é a vez do Brasil”, afirma a cantora.
A motivação para iniciar os trabalhos em Portugal e depois na capital gaúcha está atrelada ao conceito do novo álbum, no qual a cantora mergulha nas próprias origens e na necessidade de andar, de estar em constante movimento. “Começamos em Coimbra, o berço da língua portuguesa, e agora partimos da cidade onde nasci. A gente sabe onde começa, mas não sabe onde vai parar”, reflete.
À frente da direção do show, Adriana ganha o reforço sonoro de Domenico Lancellotti (bateria), Guto Wirtti (baixo acústico), Jorge Continentino (saxofone, flauta e teclados), Diogo Gomes (trompete e flugelhorn), Marlon Sette (trombone) e Pedro Sá (guitarra). Este último acompanhou a cantora em “Gal: Coisas Sagradas Permanecem”, turnê de curta temporada realizada em abril e maio de 2023 em homenagem à cantora baiana, falecida em novembro do ano passado.
“Incluí um pedacinho do show ‘Coisas Sagradas Permanecem’ no repertório de ‘Errante’, com as canções ‘Livre do Amor’ e ‘Esquadros’, ambas composições minhas gravadas por Gal”, revela a gaúcha, que decidiu não tocar violão nesta turnê para concentrar todo o foco na voz.
É a primeira vez também que a Adriana Calcanhotto leva ao palco um naipe completo de sopro. Presentes em todas as canções, os metais trazem uma nova sonoridade aos arranjos executados no show. “O show tem um espírito jazzístico, é uma coisa viva. Tanto as músicas mais antigas como as novas ganham versões diferentes das originais, muito por conta do naipe. Eles realizam no palco coisas que já estão na minha imaginação quando componho”, conta a gaúcha.
A estilista Dani Jensen – sob o pseudônimo artístico Inhu – assina o longo vestido branco com o qual a cantora se apresenta. Adriana pediu apenas que uma bolsa fosse acoplada ao figurino, de modo a simbolizar a ideia de itinerância presente em todo o espetáculo.