Amaro Freitas e Zé Manoel homenageiam Clube da Esquina na CAIXA Cultural Recife
Dois dos maiores pianistas brasileiros e contemporâneos, os pernambucanos Zé Manoel e Amaro Freitas levam à CAIXA Cultural Recife espetáculo intimista em homenagem ao disco “Clube da Esquina”, eleito o melhor álbum brasileiro de todos os tempos. A estreia será dia 15 de setembro, às 20h – e a temporada segue pelos dias 16 (às 17h e 20h), 21 (às 20h) e 22 de setembro (às 20h), totalizando cinco apresentações. Os ingressos começam a ser vendidos dia 14 exclusivamente pelo site www.caixacultural.gov.br.
Com Amaro Freitas ao piano e Zé Manoel na voz, o show faz um passeio pelas canções do disco de Milton Nascimento e Lô Borges, lançado há mais de 50 anos e uma referência na música brasileira. Clássicos como “Tudo que Você Podia Ser”, “Cais”, “O Trem Azul” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” ganham uma nova roupagem com a interpretação singular dos artistas.
O concerto estreou em São Paulo, em setembro de 2022, passou por Fortaleza e chega agora ao Recife, terra de Amaro. “Quando recebi o convite para fazer esta homenagem, foi uma surpresa. Me pediram para escolher um cantor, e minha escolha foi por Zé Manoel que, pra mim, é uma das vozes mais delicadas do Brasil. Meu piano está ali pra abraçar a voz dele”, define, apontando para a dinâmica especial do show: além de Zé cantar com Amaro ao piano, há momentos de piano a quatro mãos, outros em que Zé está nas teclas enquanto Amaro toca instrumento de percussão, e sempre havendo uma troca grande com o público, que é convidado para cantar junto o tempo todo. “É muito intenso, muito emocionante, muito bonito”, festeja Amaro.
Zé Manoel, pernambucano de Petrolina, fala da emoção do concerto. “Cantar o repertório do Clube da Esquina, além de um grande desafio, é uma oportunidade ímpar de visitar e reverenciar artistas que fizeram e fazem parte da minha formação como músico e compositor. Assim como aquele projeto nasceu do encontro de (grandes) músicos e amigos, tenho a honra de estar com um grande artista e amigo, Amaro Freitas, para reviver esse repertório de 1972 que continua vivo, atual e arrebatador”, afirma.
Após a sessão dos dias 15 e 22, haverá bate-papo com os artistas na CAIXA Cultural Recife. E nos dias 16 (às 17h) e 21, a apresentação contará com intérprete de Libras.
AMARO FREITAS – Pianista, compositor, arranjador e diretor musical, Amaro traz no jazz a linha condutora da sua carreira artística. Os discos “Sangue Negro” (2016), “Rasif” (2018) e o mais recente “Sankofa” (2021), todos gravados com seu trio, narram o amadurecimento da sua trajetória artística ao longo de oito anos. Desse mutante gênero, o pianista pernambucano fala de Moacir Santos e a sua obra imersa em centenários ritmos afro-pernambucanos, de Johnny Alf e o seu pioneirismo com a Bossa Nova e da universalidade de jazzmen, como Milton Nascimento. Todos criadores negros que ressignificaram o jazz e a música popular brasileira. Já fez parcerias com artistas como Lenine, Sandy, Criolo e Milton.
ZÉ MANOEL – Pianista, compositor e cantor, Zé Manoel é conhecido e reverenciado pela crítica e pelo público mais atento à música independente brasileira. Tem três discos e um DVD lançados no Brasil, sendo dois editados no Japão. “Delírio de um Romance a Céu Aberto”(2016) foi vencedor do Prêmio da Música Brasileira na categoria Projeto Especial. “Do Meu Coração Nu” (2020) foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Disco de Música Brasileira, que teve participações de nomes como Luedji Luna, do maestro Letieres Leite (Orkestra Rumpilezz) e da cantora norte-americana Gabriela Riley. Sua obra já foi gravada por artistas como Ana Carolina, Elza Soares, Fafá de Belém e Vanessa da Mata.