“Divertida Mente 2”: Ansiedade entra em ação e transforma a sala de controle das emoções em uma luta interna
A aguardada continuação da Disney/Pixar, “Divertida Mente 2”, estreou nesta quinta-feira (20) nos cinemas de todo o Brasil. Com salas lotadas, um dos maiores lançamentos do ano nos reconduz à mente de Riley, agora aos 13 anos, em pleno turbilhão da adolescência. Quase dez anos após a estreia do seu antecessor, o filme expande seu universo emocional ao introduzir novas personagens – Ansiedade (dublada na versão brasileira pela excelente Tata Werneck), Vergonha (Fernando Mendonça), Tédio (Eli Ferreira) e Inveja (Gaby Milani) – que, juntas, transformam a sala de controle das emoções em um verdadeiro caos.
O ponto central da trama é a Ansiedade, representada de forma cativante como uma figura pequena, engraçada, com cabelos desgrenhados e uma energia frenética. Este novo elemento assume o protagonismo ao tentar controlar tudo na mente de Riley, muitas vezes eclipsando a Alegria (Miá Mello).
Enquanto a Ansiedade se torna uma presença dominante na mente da protagonista, a Alegria luta para manter seu equilíbrio emocional. Conforme a Ansiedade intensifica suas preocupações e medos, gradualmente, Riley se vê envolvida em um turbilhão de crises existenciais, que vão obscurecendo sua capacidade de experimentar a alegria genuína e o bem-estar.
Essa expansão de personagens leva “Divertida Mente 2” a um lugar de amadurecimento em relação ao seu antecessor, abordando temas contemporâneos com delicadeza e humor. O ponto alto da trama é que ela não se limita ao entretenimento superficial; ela mergulha em conceitos psicológicos complexos, como as crenças centrais, que influenciam nossas emoções e comportamentos de maneira significativa.
Mas calma, a produção mais inteligente da Disney/Pixar não esquece que é uma animação para crianças: visualmente colorido e repleto de humor, ela captura a atenção dos pequenos. Contudo, “Divertida Mente 2” é mais do que isso; é uma reflexão inteligente sobre o crescimento emocional e a complexidade da mente humana. Com seu equilíbrio habilidoso entre seriedade e leveza, o filme não só entretém, mas também educa de forma sutil sobre as emoções e seu impacto em nossa vida diária.